Por outro lado, partes do Norte e Nordeste receberão menos chuva que o normal nas próximas semanas


Nos últimos dias, a distribuição de chuva mudou significativamente no Brasil.
O acumulado diminuiu consideravelmente na costa leste da Região Nordeste, entre Sergipe e Bahia.
Já no centro e sul do Brasil, especialmente nos Estados do Paraná e São Paulo, a precipitação se intensificou.
Além disso, a temperatura subiu na Região Sudeste, com termômetros marcando pouco acima de 30°C em São Paulo e quase 40°C no Rio de Janeiro.
Essas mudanças fazem parte de ondas atmosféricas intrassazonais que se deslocam pela região equatorial do planeta, ora intensificando a formação de chuva forte, como as Zonas de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), ora reduzindo a chuva e elevando a temperatura.
Calor persiste nas próximas semanas
Para esta semana, o calor permanecerá intenso nas Regiões Sul e Sudeste, além dos Estados da Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Entre a Zona da Mata de Minas Gerais e o norte do Rio de Janeiro, as temperaturas ficarão cerca de 3°C acima da média para esta época do ano.
Esse aumento na temperatura eleva a demanda por energia elétrica, podendo exigir o acionamento de usinas térmicas, dependendo da combinação entre as fontes solar, eólica e hidrelétrica.
Previsão de chuva e impacto na geração de energia
A chuva será mais intensa nos Estados do Paraná, Maranhão, Pará e Amapá nesta semana, alcançando bacias importantes, como as do Iguaçu, Baixo Paraná e Madeira.
Usinas hidrelétricas como Belo Monte e Tucuruí também deverão receber parte dessa precipitação.
Na próxima semana, uma frente fria atingirá a costa do Sudeste, mas não terá força para formar uma ZCAS.
A chuva ficará concentrada na Serra da Mantiqueira, beneficiando bacias como o Alto Grande, Alto São Francisco e Tietê.
Apesar disso, a chuva forte não atingirá todo o Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, mas o calor diminuirá temporariamente.
Tendências para fevereiro e março
A previsão aponta que a chuva seguirá presente no Subsistema Sudeste/Centro-Oeste até 5 de fevereiro.
No entanto, a gangorra climática continuará: a precipitação deve retornar ao Sul na segunda semana de fevereiro, trazendo um novo período de calor ao Sudeste.
Já na segunda quinzena de fevereiro e no início de março, a chuva voltará ao Sudeste, mas o Norte e o Centro-Oeste permanecerão com precipitação abaixo da média. Regiões como Goiás, Mato Grosso, Tocantins, sul do Pará e leste do Amazonas enfrentarão cerca de 45 dias com pouca chuva.

No Nordeste, as usinas eólicas poderão sofrer impacto devido à previsão de chuva acima da média entre Pernambuco e Piauí, o que poderá reduzir a geração eólica temporariamente.
Essa situação pode exigir maior dependência de outras fontes, como solar, hidrelétrica ou térmica, para equilibrar a matriz energética.