Tório pode ser a chave para um futuro energético mais sustentável

A busca por fontes de energia limpas e eficientes tornou-se essencial diante das mudanças climáticas e do crescente consumo global.
Além da necessidade de reduzir as emissões de carbono, a demanda por eletricidade segue aumentando, impulsionada por data centers e sistemas de inteligência artificial.
A China, responsável por cerca de 25% do consumo energético mundial, investe em soluções inovadoras para garantir sua segurança energética.

Após anunciar planos para construir uma usina solar no espaço, o país agora avança em outra descoberta promissora: uma enorme reserva de tório na Mongólia Interior, com potencial para abastecer sua demanda energética pelos próximos 60 mil anos.
O que é o tório e por que ele pode revolucionar a energia nuclear?
O tório é um elemento químico radioativo abundante na crosta terrestre.
Diferente do urânio, usado nos reatores nucleares convencionais, ele pode ser empregado em reatores de tório, que oferecem vantagens significativas, como:
✅ Maior segurança – os reatores de tório operam a temperaturas mais baixas e geram menos resíduos radioativos de longa duração.
✅ Menor risco de proliferação nuclear – o tório não pode ser facilmente convertido em armamento nuclear, reduzindo preocupações geopolíticas.
✅ Maior eficiência energética – seu aproveitamento pode ser superior ao do urânio, exigindo menos combustível para gerar a mesma quantidade de energia.
Além da China, países como Estados Unidos, Rússia, Canadá e Sri Lanka também possuem grandes reservas de tório.
No entanto, a descoberta chinesa pode colocar o país na liderança dessa tecnologia emergente.
Mina de Bayan Obo: um novo marco na produção de tório
A mina de Bayan Obo, na Mongólia Interior, já é uma das maiores fontes de terras raras do mundo.
Agora, especialistas estimam que a região abriga cerca de 1 milhão de toneladas de tório – um volume suficiente para garantir energia ao país por milhares de anos.
Para entender o impacto dessa descoberta, basta uma comparação: apenas cinco anos de resíduos dessa mineração conteriam tório suficiente para abastecer todas as residências dos Estados Unidos pelos próximos mil anos.
No entanto, apesar do enorme potencial, a exploração do tório ainda enfrenta desafios.
Seu manuseio exige processos químicos complexos e controle rigoroso de resíduos radioativos.
Além disso, diferentemente do urânio, que já conta com infraestrutura consolidada, o uso do tório como fonte de energia demanda investimentos em pesquisa e regulamentação.
China pode liderar o desenvolvimento da energia de tório?
Mesmo com as barreiras tecnológicas, a China já está investindo em projetos experimentais para testar a viabilidade dessa fonte de energia.

Um dos principais exemplos é o reator TMSR-LF1, de 2 MW, atualmente em fase de testes.
Caso os resultados sejam positivos, o plano é construir uma versão maior de 10 MW até 2030 e, futuramente, reatores de 100 MW.
Se essa inovação se tornar viável, a China poderá consolidar sua posição como pioneira na exploração do tório, diversificando sua matriz energética e reduzindo sua dependência de combustíveis fósseis.
Safira Energia: atenta às inovações do setor
A transição energética está em constante evolução, e a Safira Energia acompanha de perto as tendências e novas tecnologias para oferecer soluções personalizadas aos seus clientes.
Nosso compromisso é tornar o consumo de energia mais eficiente, sustentável e competitivo.
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