O avanço da inteligência artificial traz desafios energéticos e pode pressionar a infraestrutura elétrica global

Os data centers são o coração da inteligência artificial. Eles processam e armazenam grandes volumes de dados, permitindo que algoritmos avancem em aprendizado e eficiência.
Hoje, esses centros consomem entre 1% e 2% da eletricidade mundial.
Mas, com a crescente demanda, esse número pode subir para 3% a 4% até o final da década.
Nos Estados Unidos, os data centers representavam 3% do consumo de eletricidade em 2022.
Até 2030, esse percentual pode chegar a 8%, exigindo um investimento de aproximadamente US$ 50 bilhões em infraestrutura elétrica.
Na Europa, a situação também preocupa. A eletrificação acelerada pode aumentar a demanda por eletricidade entre 40% e 50% até 2033.
Hoje, o continente abriga cerca de 15% dos data centers globais. Até 2030, seu consumo pode se equiparar ao gasto total de países como Portugal, Grécia e Holanda juntos.
Para atender a essa demanda, serão necessários investimentos de cerca de €1,65 trilhão em redes de transmissão, distribuição e fontes renováveis, como solar e eólica.
A expansão global dos data centers
Com a ascensão da inteligência artificial, a infraestrutura dos data centers segue em expansão.
De acordo com a pesquisa do Goldman Sachs, a capacidade global desses centros deve atingir 122 gigawatts (GW) até 2030.
Grande parte desse crescimento virá dos hiperescaladores e operadores de atacado, que devem representar 70% da capacidade global, acima dos 60% registrados atualmente.
Embora a Ásia-Pacífico tenha liderado a expansão nos últimos anos, a América do Norte aparece como a região com maior capacidade planejada para os próximos cinco anos.

No entanto, a construção de novos data centers enfrenta obstáculos, como atrasos em permissões, gargalos na cadeia de suprimentos e infraestrutura elétrica insuficiente.
Além disso, a densidade do uso de energia nos data centers também deve aumentar.
Hoje, o consumo médio é de 162 quilowatts (kW) por pé quadrado, mas pode chegar a 176 kW por pé quadrado até 2027.
Esse valor não inclui gastos adicionais, como sistemas de resfriamento e suporte.
Inteligência Artificial e eficiência energética: parte do problema e da solução
Apesar do aumento no consumo de eletricidade, a inteligência artificial também pode ajudar a tornar a matriz energética mais eficiente.
Sistemas baseados em aprendizado de máquina já estão otimizando a distribuição de eletricidade, reduzindo desperdícios e melhorando a gestão do consumo industrial.
Na agricultura, algoritmos monitoram o uso de água e fertilizantes, minimizando desperdícios e reduzindo impactos ambientais.

No setor elétrico, a IA prevê oscilações na demanda e ajusta o fornecimento de energia, evitando sobrecargas e melhorando a estabilidade da rede.
O desafio da sustentabilidade na era da Inteligência artificial
Para que o avanço da inteligência artificial não comprometa os recursos do planeta, é essencial investir em energia limpa e infraestrutura sustentável.
Grandes empresas de tecnologia já apostam em fontes renováveis e em data centers mais eficientes, com sistemas de resfriamento aprimorados e melhor aproveitamento da eletricidade.
Safira Energia: especialistas no futuro do setor energético
O crescimento da inteligência artificial destaca a necessidade de acompanhar as mudanças no setor energético e buscar soluções inovadoras para equilibrar desenvolvimento e sustentabilidade.
Na Safira Energia, nossos especialistas estão atentos às tendências do mercado e prontos para ajudar empresas a otimizar o consumo de eletricidade, investir em fontes renováveis e se preparar para as transformações na matriz energética global.
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