Muito além da energia renovável, a corrida elétrica redefine mercados, negócios e a forma como enxergamos estratégia

O crescimento da energia limpa se destaca em um mundo que atravessa mudanças estruturais aceleradas, emergindo como eixo central dessa nova configuração.
Em 2024, o crescimento da energia limpa atingiu um marco histórico, segundo o Global Energy Review 2025 da International Energy Agency (IEA).
A demanda global de eletricidade saltou 4,3% — ritmo mais que o dobro da média registrada na última década.
Mais do que um reflexo conjuntural, esses números sinalizam uma inflexão de longo prazo.
Energia limpa e inovação tecnológica deixaram de ser vetores paralelos: convergiram para formar o novo alicerce de competitividade econômica e geopolítica.
Como a inovação impulsiona o crescimento da energia limpa no mundo?
A consolidação da energia limpa como protagonista não é um movimento espontâneo.
Ela é o produto de avanços acelerados em tecnologias de geração, armazenamento e distribuição, combinados a uma pressão crescente por descarbonização e segurança energética.
Em 2024, aproximadamente 80% da nova geração elétrica global teve origem em fontes de baixa emissão.
A energia solar fotovoltaica despontou como protagonista absoluta, adicionando quase 700 GW de capacidade — um volume sem precedentes.

Energia eólica e nuclear também ampliaram suas participações, consolidando uma tendência: a matriz elétrica global está se redesenhando em velocidade muito superior à prevista.
A curva de aprendizado industrial — que reduz custos e acelera a adoção — tem sido decisiva.
Em muitos mercados, optar por energia renovável já não é apenas uma escolha ambiental, mas uma decisão econômica racional.
Uma inversão silenciosa que redefine o planejamento energético tradicional.
O que a nova realidade energética representa para empresas brasileiras?
O Brasil, detentor de uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta, ingressa nessa corrida de forma singular.
Com a abertura do Mercado Livre de Energia ganhando trânsito e a geração distribuída em expansão, o país está diante de uma oportunidade histórica: liderar não apenas na oferta de recursos renováveis, mas também na inovação de modelos de contratação e gestão energética.
Empresas que compreendem o caráter estratégico dessa transformação estão redesenhando suas estratégias de energia para muito além do custo.

Estão incorporando flexibilidade, previsibilidade de longo prazo e credenciais ESG — atributos que, cada vez mais, influenciam valor de mercado e atração de capital.
Em um cenário em que energia se torna diferencial competitivo, não há espaço para passividade.
As decisões tomadas hoje definirão a resiliência empresarial da próxima década.
A revolução energética que atravessamos não é apenas uma transição de fontes.
É uma reformulação de paradigmas sobre como energia impulsiona negócios, transforma cadeias produtivas e consolida vantagens estruturais.
Mais do que acompanhar movimentos, ajudamos nossos parceiros a construir posicionamentos robustos em um mercado que já não se contenta com o lugar-comum.