As mudanças climáticas estão cada vez mais evidentes, com chuvas intensas, secas prolongadas e vendavais frequentes. Nesse cenário, a transição energética se torna uma prioridade global.
O 1º Fórum de Transição Energética da VEJA reuniu autoridades e especialistas para debater como a energia pode moldar um futuro mais sustentável.
Transição energética: um desafio necessário e estratégico
Embora a transição energética exija grandes investimentos, ela também representa uma oportunidade única para o Brasil se consolidar como uma potência verde. O setor privado tem um papel essencial nesse processo.
“A transição verde é intensiva em capital, e a maioria desse recurso está no setor privado. Bancos de fomento e multilaterais são importantes, mas não eliminam a necessidade de mobilizar o capital privado”, destaca Luciana Costa, diretora de Transição Energética do BNDES.
Paulo Câmara, presidente do Banco do Nordeste, mencionou que projetos de hidrogênio verde no Nordeste já somam US$ 30 bilhões em investimentos.
Ele destacou programas como o Eco Invest Brasil, que atraem capital estrangeiro e garantem proteção cambial, como exemplos de parcerias público-privadas de sucesso.
Apesar dos avanços, a criação de um mercado regulado de carbono ainda representa um desafio para o Brasil.
“Precisamos acelerar esse processo para manter a competitividade na corrida pela transição verde”, alerta José Pugas, da Régia Capital.
Regulação: o caminho para destravar a transição energética
Com uma matriz elétrica majoritariamente limpa, o Brasil tem vantagens na transição energética, mas depende de avanços regulatórios para liberar todo o seu potencial.
No evento, Rodrigo Rollemberg, secretário de Economia Verde, apresentou iniciativas como o programa Mover, que oferece incentivos fiscais para veículos sustentáveis, e a nova lei dos “combustíveis do futuro”, que impulsiona o uso de biocombustíveis e biometano.
Rollemberg reforçou a urgência de regulamentar os bioinsumos agrícolas e criar um mercado regulado de carbono, que aguarda aprovação desde o ano passado.
Ele acredita que o Brasil pode dobrar sua produção de bioenergia em áreas degradadas, gerando créditos de carbono.
Do lado privado, Pablo Fava, presidente da Siemens, vê oportunidades em atrair centros de desenvolvimento de software para aproveitar a energia limpa brasileira.
Já Alessandro Rizzato, da CNI, destaca o potencial da biotecnologia para posicionar o Brasil no mercado global.
São Paulo: referência na transição energética
São Paulo se consolida como líder na transição energética, alavancado por investimentos estratégicos e políticas públicas inovadoras.
Segundo o governador Tarcísio de Freitas, o estado já atraiu cerca de R$ 50 bilhões para data centers e tem previsão de alcançar R$ 70 bilhões.
O estado combina energia limpa e barata, infraestrutura eficiente e mão de obra qualificada, tornando-se um polo de inovação.
Além disso, o governo se comprometeu a capacitar 120 mil profissionais em áreas como inteligência artificial e tecnologia da informação.
A cana-de-açúcar, uma tradição na economia paulista, ganha novo protagonismo na transição energética.
São Paulo aposta na produção de etanol de segunda geração, biogás e combustíveis sustentáveis para aviação.
Também busca desenvolver soluções inovadoras, como hidrogênio verde e transporte limpo.
A indústria automobilística local está em plena transformação, com incentivos para atrair empresas globais interessadas em desenvolver veículos elétricos e tecnologias sustentáveis.
A produção de biometano e hidrogênio, derivados do etanol, reforça um ciclo eficiente, aproveitando a infraestrutura de combustíveis existente.
Com um plano de energia que se estende até 2050, São Paulo reafirma seu compromisso com a transição energética e a modernização da economia.
A prioridade é atrair investimentos privados para setores como biogás e biometano, que prometem gerar empregos e reduzir emissões.
Safira Energia impulsiona a transição energética com inovação
Há mais de 15 anos, a Safira Energia acompanha de perto as mudanças na sociedade rumo a uma energia mais sustentável.
A empresa desenvolve soluções que combinam economia e energia limpa, promovendo a transição energética de forma acessível.
Um exemplo é o Solar+, um produto que oferece energia solar sem a necessidade de obras ou investimentos pesados.
Além disso, a Safira possibilita o uso de energia proveniente de fontes sustentáveis, como biomassa de cana-de-açúcar e eólica.
Os clientes da Safira também têm acesso ao I-REC, um certificado internacional que valida a compra de energia limpa e renovável, agregando valor à estratégia ESG das empresas.
Com essas soluções, a Safira Energia contribui para a descarbonização e o fortalecimento de cadeias produtivas mais limpas.
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