Com a Inteligência Artificial moldando o futuro das profissões, é hora de refletir sobre como essa revolução afeta nossas carreiras
Recentemente, uma notícia sobre a marca de luxo Louis Vuitton, que decidiu investir pesado em tecnologias de inteligência artificial, me impactou profundamente.
Essa informação me levou a refletir sobre como a IA está moldando nosso futuro, muitas vezes sem que sequer percebamos.
E foi justamente essa reflexão que me impulsionou a aprofundar meus conhecimentos sobre o tema.
Uma conversa no trabalho sobre o uso da IA despertou em mim o desejo de explorar ainda mais esse tema, estudá-lo e entender a magnitude de sua aplicação.
Aliás, meu dia a dia, uso o Gemini ou o ChatGPT para consultas rápidas e para ajudar na criação de textos, imagens, dicas de livros e artigos sobre temas relevantes para o trabalho, enfim, funcionalidades básicas.
De fato, dessa forma, aproveito a capacidade de processamento dessas ferramentas a meu favor e me concentro em avaliar e analisar criticamente o conteúdo que elas disponibilizam.
No final, acabo auxiliando no treinamento delas sem nem perceber. Até o momento, é uma relação simbiótica.
Essas reflexões me levaram a considerar dois pontos principais.
Como a Inteligência Artificial está remodelando o mercado de trabalho
A inteligência artificial cria ondas de mudança no mercado de trabalho, configurando uma verdadeira revolução silenciosa, comparável à Revolução Industrial.
Com a automação de tarefas manuais e analíticas, surgem novas oportunidades, desafios e debates.
Partimos do pressuposto de que não haverá ‘colapsos’ tecnológicos.
Essa ideia é respaldada por um artigo recente da revista Nature, publicado por matemáticos ingleses e canadenses (Shumailov et al., 2024).
Embora todos sejam relevantes, focaremos no impacto da IA no mercado de trabalho.
A Inteligência Artificial vai afetar os empregos?
Voltando ao foco no mercado de trabalho, e considerando o que já está em prática, a questão principal não é se os empregos desaparecerão.
O ponto crucial é como, como sociedade, nos adaptaremos e nos reinventaremos para atender às novas demandas.
Acredito que a IA não causará mais desemprego nem substituirá as pessoas. Ela transformará o mercado de trabalho e exigirá novas formas de preparação e pensamento crítico.
Isso criará novas posições e funções, incluindo aquelas que exigem contato diário com a IA.
O que será relevante é a capacidade criativa, o raciocínio por trás das ideias, o feeling, e a habilidade de compreender as dores das pessoas, o contexto do momento e o desenvolvimento das soluções.
O ChatGPT, por exemplo, não consegue alcançar a acuracidade humana, especialmente quando se trata de criar itens novos.
Para mim, o futuro não é sobre perda, mas sobre transformação e adaptação no mercado de trabalho.
Contudo, isso traz uma preocupação latente: como a sociedade se preparará para garantir profissionais capacitados nessa nova era, prevenindo assim que desigualdades sejam potencializadas?
Compreendo que a IA é uma realidade cada vez mais presente no mercado de trabalho, logo o foco do debate social deve ser como nós, enquanto sociedade, vamos nos preparar para garantir que a transição seja inclusiva, sustentável e equitativa.
A Importância da adaptação e inovação
No Grupo Safira, a IA já faz parte do nosso cotidiano. Usamos essa tecnologia para agilizar processos e estimular a criatividade, embora ainda de maneira limitada em comparação ao seu potencial total.
No ano passado, a notícia sobre o vazamento de código da Samsung envolvendo o ChatGPT destacou a importância da segurança.
Nosso objetivo é implementar estratégias robustas para proteger nossas informações, garantindo que a Inteligência Artificial nos apoie sem comprometer a integridade dos nossos dados.
Atualmente, seguimos uma política robusta de governança de dados, buscando equilibrar, de forma responsável, a adoção e o incentivo ao uso da tecnologia com as melhores práticas de segurança.
Não devemos ser totalmente dependentes da Inteligência Artificial
Embora a IA seja uma ferramenta poderosa, não devemos depender dela para todas as tarefas. A criatividade e o discernimento humanos permanecem insubstituíveis.
A IA deve atuar como uma aliada, complementando nossas habilidades sem substituir nossa capacidade de pensar e criar, afinal, sem a criatividade humana, a própria IA não existiria.
Estamos na vanguarda de uma era digital onde inovação e segurança caminham lado a lado.
Convido você a refletir sobre como usar a IA de forma equilibrada, maximizando seu potencial sem comprometer a segurança e a integridade.
Se quiser conversar comigo sobre o tema, fique à vontade para me chamar no LinkedIn.
Obrigada e até a próxima.
Conheça mais sobre o autor
Simone Viotto é Administradora, com MBA Executivo em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas e MBA em Gestão Estratégica de Pessoas e Liderança na USF.
Possui mais de 15 anos de experiência na área de gestão de pessoas.
Atualmente, é head de Gente e Gestão do Grupo Safira, cargo que ocupa desde 2021.
Anteriormente, teve passagem por empresas como Ivalis – multinacional francesa do ramo de inventários – e BuildUp Consultoria.
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