As startups ESG vêm ganhando espaço no cenário global, impulsionadas pela necessidade de inovação sustentável. No Brasil, a proximidade da COP30 reforça o papel estratégico dessas empresas no desenvolvimento econômico e na transição para uma economia verde


Faltam poucos meses para a realização da COP30 no Brasil, o que coloca o país no centro das discussões globais sobre sustentabilidade.
Este ano também marca o décimo aniversário do Acordo de Paris e a contagem regressiva de cinco anos para a revisão dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Desde 2015, metas ambientais, sociais e de governança têm sido estabelecidas por organizações em todo o mundo para contribuir com os ODS.
No entanto, à medida que o prazo se aproxima, torna-se evidente a necessidade de ajustes estratégicos.
Como resultado, as abordagens idealistas vêm sendo substituídas por estratégias mais pragmáticas, voltadas para impacto mensurável e viabilidade econômica.
Esse cenário reforça a interseção entre sustentabilidade, economia e cultura organizacional.
Nos próximos anos, o tema ESG continuará sendo uma prioridade para empresas e investidores, mas de forma mais estruturada e alinhada às metas de longo prazo.
Oportunidades para o Brasil e o avanço das ESGTechs
O Brasil tem sido reconhecido como um dos países com maior potencial para se tornar um hub global de inovação sustentável.
Esse destaque ocorre, principalmente, devido à abundância de recursos naturais e ao crescimento das startups ESG, também conhecidas como ESGTechs.
Essas empresas têm desenvolvido soluções tecnológicas que contribuem para a transição sustentável em diversas áreas.
Além disso, a matriz energética brasileira, predominantemente limpa, posiciona o país como um grande fornecedor de inovação para mercados internacionais que buscam alternativas sustentáveis.
Um setor promissor é o de energia limpa e renovável, onde diversas soluções vêm sendo desenvolvidas para otimizar a geração, o armazenamento e a distribuição de energia.
Com sol, vento e recursos hídricos abundantes, o Brasil pode assumir um papel de liderança global no fornecimento de soluções sustentáveis.

Nos próximos anos, prevê-se um aumento expressivo nos investimentos voltados para startups ESG que atuam em áreas como:
- Eletrificação do transporte, com foco em veículos elétricos e infraestrutura de carregamento sustentável.
- Microgrids inteligentes, que permitem maior eficiência energética em comunidades e empresas.
- Armazenamento de energia, essencial para garantir a estabilidade das fontes renováveis.
- Segurança cibernética e governança corporativa, que fortalecem a proteção de dados e a transparência empresarial.
- Saúde mental e bem-estar organizacional, que se tornaram temas centrais para a nova dinâmica do trabalho.

Uma economia sustentável e competitiva
A crescente demanda por inovação sustentável cria uma oportunidade única para que startups ESG brasileiras ganhem destaque internacional.
Além disso, esse movimento pode acelerar o crescimento dessas empresas e fortalecer a economia nacional.
No entanto, para que esse potencial seja plenamente aproveitado, a colaboração entre governos, investidores e empreendedores será essencial.
Com incentivos adequados e um ambiente regulatório favorável, o Brasil pode consolidar-se como um polo global de inovação ESG.
Dessa forma, será possível garantir que o desenvolvimento econômico ocorra de maneira alinhada às demandas globais de sustentabilidade e impacto social.
O momento para investir nesse futuro já chegou.
As startups ESG têm nas mãos a chance de transformar a economia brasileira e posicionar o país como referência em inovação sustentável.

Conheça o autor
Vitória de Sá é uma especialista em Comunicação e Relações Públicas, com mais de 10 anos de experiência e um mestrado em Comunicação Midiática pela UNESP/Bauru.
Com uma paixão por inovação, ela faz parte do time de inovação do Grupo Safira que está entre as 10 empresas mais inovadoras do Brasil, no segmento de energia, segundo o Valor Inovação do jornal Valor Econômico.
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