O fenômeno La Niña, caracterizado pelo resfriamento da água superficial do oceano Pacífico equatorial central, parece que não terá força para se desenvolver de forma plena.
Assim, possivelmente, o atual período úmido será neutro com viés frio, ou seja, a água até ficará mais fria que a média, mas não conseguirá chegar ao mínimo necessário para ser considerado La Niña.
Dessa forma, a climatologia será predominante em relação ao fenômeno.
Tanto que, em novembro, dezembro e janeiro, a simulação europeia ECMWF indica chuva acima da média nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte.
Além disso, o norte do Estado do Paraná também deverá registrar precipitação acima do normal, com as maiores anomalias concentradas nos Estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Por outro lado, a chuva será mais fraca que o normal sobre a Região Nordeste e os Estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, sendo o Estado do Maranhão o mais penalizado pela falta de precipitação.
Se o La Niña fosse mais intenso, a chuva forte alcançaria o Nordeste.
Além disso, a temperatura não será tão elevada como a observada no mesmo período do passado.
Entre o fim de 2023 e o início de 2024, havia um intenso fenômeno El Niño, que ajudou a deixar a temperatura mais elevada.
Desta vez, com a neutralidade com viés frio, a temperatura ficará próxima do normal na maior parte do país.
Contudo, o calor será mais intenso apenas na região Nordeste, justamente por conta da chuva abaixo da média e da menor quantidade de nuvens, além dos Estados do Tocantins, Pará, Amapá, Amazonas e Roraima.
O Estado do Piauí terá, portanto, a maior anomalia de temperatura do trimestre.