Na oitava atualização de 2024, a simulação sazonal ECMWF indica chuvas entre a média e acima da média em setembro.
Os estados mais afetados serão Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais, que abrangem as bacias hidrográficas do Baixo Paraná, Iguaçu, Paranapanema, Tietê, Paraíba do Sul e Grande.
Comparado à previsão anterior, a área de anomalia positiva de chuva se expandiu.
Além disso, análises meteorológicas mostram sistemas de baixa pressão atmosférica espalhados pelo Brasil, com uma área significativa sobre o Paraguai.
Essa condição pode favorecer a formação de Complexos Convectivos de Mesoescala, principalmente no Subsistema Sul e Baixo Paraná, a partir da terceira semana do próximo mês.
Como resultado, a chuva será forte e espaçada, já que as ondas planetárias passarão de forma desorganizada pelo sul do Brasil.
Esse cenário pode gerar ondas de calor e, consequentemente, elevar o consumo de energia.
Previsão de chuva intensa e anomalias climáticas para outubro
Em outubro, tanto a simulação atual quanto a passada indicam chuva acima da média no centro e sul do Brasil.
A maior anomalia será no Estado do Paraná, abrangendo as bacias do Paranapanema, Baixo Paraná e Iguaçu.
Além disso, sistemas de baixa pressão atmosférica estarão espalhados pelo Brasil.
Um corredor de umidade proveniente da Amazônia poderá suportar uma chuva mais intensa e organizada. Esse cenário é reforçado por ondas planetárias mais energéticas.
Parte dessa umidade e chuva também atingirá a bacia do Madeira.
Por outro lado, o primeiro mês das águas será mais seco e quente do que o normal nas bacias do Tocantins e Xingu.
Um fator importante a considerar é a temperatura dos oceanos Pacífico e Índico.
O Pacífico está passando por um fraco resfriamento e não influenciará significativamente o início deste período úmido.
Em contraste, o Índico está em uma fase positiva, que normalmente resulta em chuva abaixo da média na região central do Brasil durante a primavera, a menos que haja um El Niño ou La Niña intensos.
Portanto, esse fator também explica a concentração da precipitação mais ao sul.
Perspectivas de chuva e influências climáticas para o fim de ano
Em novembro, começam a se destacar os elementos atmosféricos típicos de um período úmido, como a Alta da Bolívia e o Vórtice Ciclônico de Altos Níveis.
Embora a chuva comece a se espalhar pelo Brasil, as maiores anomalias ainda se concentrarão ao longo do fio d’água, especialmente nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
A organização mais significativa da chuva será visível apenas entre a segunda quinzena de dezembro e a primeira quinzena de janeiro.
A temperatura do oceano atlântico, que declina acentuadamente nesse período, sugere a possibilidade de transporte de energia para frentes frias mais organizadas e chuvosas.
Durante esse tempo, a chuva intensa também alcançará finalmente as bacias do Xingu e Tocantins.
No final do período úmido, o fenômeno La Niña, embora fraco, ajudará a manter a chuva sobre as bacias do Xingu e Tocantins até o término das águas.
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